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13 de março de 2023 Agência ABEEólica

O Grupo NEUMAN & ESSER – NEA apresentou domingo (dia 12 de março), para convidados e imprensa, seus investimentos para este ano. O principal deles foi o lançamento da pedra fundamental que marca a construção da primeira fábrica de geradores de hidrogênio verde na América do Sul.

Marcelo Veneroso, Diretor Executivo da NEUMAN & ESSER Brasil e CEO da Hytron – Energia e Gases , Sr. Robert Habeck, vice-chanceler da Alemanha e Sr. Alexander Peters, sócio-proprietário do grupo NEUMAN & ESSER

“Vamos investir na extensão de nossa capacidade produtiva em Belo Horizonte, quadruplicando nossa área industrial, com foco no processo de fabricação de eletrolisadores e reformadores para geração de hidrogênio, utilizando tecnologia própria”, explica Marcelo Veneroso, Diretor Executivo da NEUMAN & ESSER Brasil e CEO da Hytron – Energia e Gases.

O investimento estimado será de R$ 70.000.000, com uma geração adicional de 75 empregos diretos e 200 indiretos. Na ocasião estiveram presentes o Sr. Robert Habeck, vice-chanceler da Alemanha, Sr. Heiko Thoms, embaixador da Alemanha no Brasil, Sr. Dirk Augustin, cônsul geral da Alemanha, o Sr. Alexander Peters, sócio-proprietário do grupo NEUMAN & ESSER, e mais diversos CEOs e diretores de grandes multinacionais. Também lideranças brasileiras e internacionais do hidrogênio verde do setor privado e público. Além desses, constaram na lista de participantes o Prefeito de BH, Fuad Noman e o  Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Sr. Fernando Passalio.

“Esse investimento é muito importante não só para a capital, mas, para o mundo. Estamos passando por uma série de transformações e o hidrogênio verde é uma revolução. Belo Horizonte está muito honrada de ser uma das primeiras capitais do Brasil que vai ter uma fábrica que vai atender a região metropolitana, depois o estado, depois o pais e quem sabe até o mundo. Para Belo Horizonte é uma alegria muito grande poder participar desse momento tão  importante, o início de um novo tipo de energia”, fala Fuad Noman, Prefeito de Belo Horizonte.

A NEUMAN & ESSER, através de sua divisão Energy Solutions está comprometida a apoiar com suas soluções os objetivos sustentabilidade e descarbonização da economia, baseada no hidrogênio verde como vetor energético. A economia do hidrogênio verde está usando o gás para descarbonizar setores econômicos difíceis de eletrificar e reduzir a pegada de carbono, como por exemplo a indústria do cimento, aço, transporte de longa distância etc. Para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis e limitar as mudanças climáticas, o hidrogênio verde pode ser gerado a partir da água usando fontes renováveis, como hidráulica, eólica e solar, e seu uso libera apenas vapor de água na atmosfera. Além disso, pode ser usado para produzir amônia verde, importante fertilizante para produção agrícola de grande escala.

Por isso, o Hidrogênio Verde e suas tecnologias Power-to-X são considerados fundamentais para a transição energética que está na agenda dos países comprometidos com o combate às mudanças climáticas – projeta-se que o Hidrogênio Verde substitua petróleo e gás natural, como principal recurso energético, até 2050.

Para que o planeta atinja as metas de descarbonização firmadas no Acordo de Paris e limite o aumento da temperatura média global em 2ºC comparada a níveis pré-industriais, como estabelece o acordo, a produção de hidrogênio verde deve corresponder a 18% da energia mundial em 2050.

Em escala mundial, até 2050, a economia do hidrogênio verde pode movimentar 10 trilhões de dólares de acordo com as metas de descarbonização traçadas pela ONU.

Minas Gerais tem muito a ganhar com essa expansão. É a primeira fábrica instalada no Brasil (em Belo Horizonte) capaz de fabricar e integrar equipamentos para produção de hidrogênio verde, como eletrolisadores de tipo PEM e Alcalino e reformadores de etanol e biometano ou gás natural.

Dominar a tecnologia de produção de hidrogênio verde e fabricar localmente, coloca Minas Gerais e o Brasil em uma posição estratégica de produtor e exportador de hidrogênio verde, ou de produtos com baixa pegada de carbono como aço verde e amônia verde, para todo o mercado consumidor mundial. A posição geográfica estratégica do Brasil e as condições climáticas propícias de irradiação solar e disponibilidade de correntes de ar, fazem do H2 Verde produzido no Brasil um dos mais competitivos do mundo.

Vale ressaltar a importância da relação Brasil – Alemanha. A Alemanha é um país vanguardista no que tange transição energética e, sobretudo, hidrogênio verde. Além disso, enxerga nas energias renováveis como estratégicas para driblar a sua dependência de combustíveis não renováveis. O país lançou o primeiro leilão da política H2Global para contratos de longo prazo de fornecimento de hidrogênio verde e a Alemanha quer colaborar de forma estreita com o Brasil na ampliação de energias renováveis, em especial, o hidrogênio verde e seus derivados.

O país europeu acredita que o Brasil pode liderar o mercado de H2V na América Sul e se tornar um grande produtor mundial de H2V, principalmente devido ao baixo custo de produção do H2V no Brasil se justifica, sobretudo, pela abundância de fontes renováveis. Em julho de 2021, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), cujas diretrizes têm como um dos eixos temáticos a cooperação internacional. Ao longo daquele ano, o MME e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão responsável pela produção de estudos que visam dar suporte ao planejamento energético nacional, participaram de diversas iniciativas de cooperação técnica com a Alemanha para desenvolver o mercado de H2V.

As duas principais iniciativas consistiram no programa H2 Brasil (German / Brazilian Power-to-X Partnership Program) e a força-tarefa de produção, logística e aplicação do H2V. Enquanto o primeiro destinou 34 milhões de euros para fomentar o desenvolvimento de uma economia verde de hidrogênio no Brasil, o segundo reuniu empresas e instituições com experiência em projetos relacionados a H2V para promover estudos e diálogo político entre Brasil e Alemanha.

Expansão da fábrica em BH vai quadruplicar sua área industrial e atenderá a demanda do mercado de hidrogênio verde na América do Sul

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