O Grupo NEUMAN & ESSER – NEA apresentou domingo (dia 12 de março), para convidados e imprensa, seus investimentos para este ano. O principal deles foi o lançamento da pedra fundamental que marca a construção da primeira fábrica de geradores de hidrogênio verde na América do Sul.
“Vamos investir na extensão de nossa capacidade produtiva em Belo Horizonte, quadruplicando nossa área industrial, com foco no processo de fabricação de eletrolisadores e reformadores para geração de hidrogênio, utilizando tecnologia própria”, explica Marcelo Veneroso, Diretor Executivo da NEUMAN & ESSER Brasil e CEO da Hytron – Energia e Gases.
O investimento estimado será de R$ 70.000.000, com uma geração adicional de 75 empregos diretos e 200 indiretos. Na ocasião estiveram presentes o Sr. Robert Habeck, vice-chanceler da Alemanha, Sr. Heiko Thoms, embaixador da Alemanha no Brasil, Sr. Dirk Augustin, cônsul geral da Alemanha, o Sr. Alexander Peters, sócio-proprietário do grupo NEUMAN & ESSER, e mais diversos CEOs e diretores de grandes multinacionais. Também lideranças brasileiras e internacionais do hidrogênio verde do setor privado e público. Além desses, constaram na lista de participantes o Prefeito de BH, Fuad Noman e o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Sr. Fernando Passalio.
“Esse investimento é muito importante não só para a capital, mas, para o mundo. Estamos passando por uma série de transformações e o hidrogênio verde é uma revolução. Belo Horizonte está muito honrada de ser uma das primeiras capitais do Brasil que vai ter uma fábrica que vai atender a região metropolitana, depois o estado, depois o pais e quem sabe até o mundo. Para Belo Horizonte é uma alegria muito grande poder participar desse momento tão importante, o início de um novo tipo de energia”, fala Fuad Noman, Prefeito de Belo Horizonte.
A NEUMAN & ESSER, através de sua divisão Energy Solutions está comprometida a apoiar com suas soluções os objetivos sustentabilidade e descarbonização da economia, baseada no hidrogênio verde como vetor energético. A economia do hidrogênio verde está usando o gás para descarbonizar setores econômicos difíceis de eletrificar e reduzir a pegada de carbono, como por exemplo a indústria do cimento, aço, transporte de longa distância etc. Para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis e limitar as mudanças climáticas, o hidrogênio verde pode ser gerado a partir da água usando fontes renováveis, como hidráulica, eólica e solar, e seu uso libera apenas vapor de água na atmosfera. Além disso, pode ser usado para produzir amônia verde, importante fertilizante para produção agrícola de grande escala.
Por isso, o Hidrogênio Verde e suas tecnologias Power-to-X são considerados fundamentais para a transição energética que está na agenda dos países comprometidos com o combate às mudanças climáticas – projeta-se que o Hidrogênio Verde substitua petróleo e gás natural, como principal recurso energético, até 2050.
Para que o planeta atinja as metas de descarbonização firmadas no Acordo de Paris e limite o aumento da temperatura média global em 2ºC comparada a níveis pré-industriais, como estabelece o acordo, a produção de hidrogênio verde deve corresponder a 18% da energia mundial em 2050.
Em escala mundial, até 2050, a economia do hidrogênio verde pode movimentar 10 trilhões de dólares de acordo com as metas de descarbonização traçadas pela ONU.
Minas Gerais tem muito a ganhar com essa expansão. É a primeira fábrica instalada no Brasil (em Belo Horizonte) capaz de fabricar e integrar equipamentos para produção de hidrogênio verde, como eletrolisadores de tipo PEM e Alcalino e reformadores de etanol e biometano ou gás natural.
Dominar a tecnologia de produção de hidrogênio verde e fabricar localmente, coloca Minas Gerais e o Brasil em uma posição estratégica de produtor e exportador de hidrogênio verde, ou de produtos com baixa pegada de carbono como aço verde e amônia verde, para todo o mercado consumidor mundial. A posição geográfica estratégica do Brasil e as condições climáticas propícias de irradiação solar e disponibilidade de correntes de ar, fazem do H2 Verde produzido no Brasil um dos mais competitivos do mundo.
Vale ressaltar a importância da relação Brasil – Alemanha. A Alemanha é um país vanguardista no que tange transição energética e, sobretudo, hidrogênio verde. Além disso, enxerga nas energias renováveis como estratégicas para driblar a sua dependência de combustíveis não renováveis. O país lançou o primeiro leilão da política H2Global para contratos de longo prazo de fornecimento de hidrogênio verde e a Alemanha quer colaborar de forma estreita com o Brasil na ampliação de energias renováveis, em especial, o hidrogênio verde e seus derivados.
O país europeu acredita que o Brasil pode liderar o mercado de H2V na América Sul e se tornar um grande produtor mundial de H2V, principalmente devido ao baixo custo de produção do H2V no Brasil se justifica, sobretudo, pela abundância de fontes renováveis. Em julho de 2021, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), cujas diretrizes têm como um dos eixos temáticos a cooperação internacional. Ao longo daquele ano, o MME e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão responsável pela produção de estudos que visam dar suporte ao planejamento energético nacional, participaram de diversas iniciativas de cooperação técnica com a Alemanha para desenvolver o mercado de H2V.
As duas principais iniciativas consistiram no programa H2 Brasil (German / Brazilian Power-to-X Partnership Program) e a força-tarefa de produção, logística e aplicação do H2V. Enquanto o primeiro destinou 34 milhões de euros para fomentar o desenvolvimento de uma economia verde de hidrogênio no Brasil, o segundo reuniu empresas e instituições com experiência em projetos relacionados a H2V para promover estudos e diálogo político entre Brasil e Alemanha.
Expansão da fábrica em BH vai quadruplicar sua área industrial e atenderá a demanda do mercado de hidrogênio verde na América do Sul