ENGIE lucra R$ 742,7 milhões no terceiro trimestre
A empresa aprovou a distribuição de 100% de dividendos intercalares emitiu R$ 1,6 bilhão em debêntures
Bons indicadores marcaram os resultados da ENGIE Brasil Energia no terceiro trimestre de 2019. A companhia obteve um lucro líquido de R$ 742,7 milhões (R$ 0,9099/ação), valor 56,2% superior ao obtido no mesmo período do ano passado. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrado no 3T19 foi de R$ 1,58 bilhão, um aumento de 55,1% na comparação com o 3T18. A receita operacional líquida de R$ 2,49 bilhões foi 0,2% superior à apurada no mesmo período do ano passado.
“Os resultados refletem a expansão recente de nossa capacidade instalada, o primeiro trimestre com contribuição positiva da TAG para o Ebitda, bem como a gestão eficiente do portfólio da companhia e bom controle de custos”, explica o diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia, Eduardo Sattamini. “A entrada em operação comercial de três novas usinas – os Conjuntos Eólicos Campo Largo (Fase I) e Umburanas (Fase I) – e a Termelétrica Pampa Sul – representou uma contribuição de 10,5% do valor do Ebitda no terceiro trimestre. Já os custos, considerando os custos relativos as novas usinas, apresentaram redução de 10,2%, demonstrando o aumento de eficiência operacional”, acrescenta.
Outro impacto positivo registrado no período foi o recebimento do valor da garantia de performance, no valor de R$ 321 milhões, oriundos de indenização por atraso nas obras de Pampa Sul. “Mesmo se fosse excluído esse efeito, nosso Ebitda teria subido cerca de 25% na comparação anual”, assinala o executivo. “Esses resultados nos mantêm animados com as perspectivas futuras e seguimos avançando na nossa estratégia de buscar a liderança na transição energética”.
Emissão de Debêntures – Em agosto, a ENGIE Brasil Energia concluiu sua nona emissão de debêntures, em quatro séries, no valor de R$ 1,6 bilhão. Lastreada pelos investimentos nos projetos Assu V (solar), Umburanas (eólica), Jaguara e Miranda (ambas hidrelétricas). Foi a maior emissão de debentures de infraestrutura no Brasil até aquele momento.
Financiamento – No dia 29 de outubro, a companhia firmou contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 1,26 bilhão, destinado à implantação do Conjunto Eólico Umburanas, com capacidade instalada de 360 MW e em operação comercial desde abril.
Conquistas – No 3T19, foram obtidas as licenças de instalação da subestação Ponta Grossa e das primeiras linhas de transmissão do Sistema de Transmissão Gralha Azul, no Paraná. O projeto Gralha Azul contempla mais de 1.000 km de linhas e cinco subestações. Outro destaque do terceiro trimestre foi a premiação da empresa, pela décima vez, com o Troféu Transparência, organizado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e Serasa Experian.
Em outubro, a ENGIE foi eleita como Empresa do Ano e a ENGIE Brasil Energia a melhor empresa do setor de energia na oitava edição do anuário Época Negócios 360° 2019.
Dividendos – O Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 893,4 milhões sob a forma de dividendos intercalares (R$ 1,0949497919/ação), equivalentes a 100% do lucro líquido distribuível apurado no primeiro semestre de 2019. Adicionalmente, foi aprovado o crédito de R$ 354 milhões (R$ 0,4338619496/ação) sob a forma de juros sobre o capital próprio referentes ao ano de 2019. Os proventos serão pagos em data a ser definida posteriormente pela Diretoria-Executiva.