ENGIE é habilitada para atuar como comercializadora varejista
Em decisão divulgada esta semana, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aprovou a atuação da ENGIE como comercializadora varejista. O objetivo principal do comercializador varejista é representar os consumidores de menor porte, as redes de varejo e as usinas que negociam ou desejam negociar energia no mercado livre. Isto simplifica os processos de contabilização, aporte de garantias, liquidação e outros relacionados com a CCEE. A ENGIE foi a sexta empresa habilitada para atuar como varejista. Outras dez estão em processo de habilitação.
“Nosso objetivo para 2018 é realizar um crescimento gradual da oferta de produtos e serviços na área, com a visão de adequar a estrutura para acompanhar a expansão do mercado livre”, disse o diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia, Eduardo Sattamini. “Somos a maior geradora de energia do País e estamos nos preparando para ter o que o cliente quer: energia renovável, por meio de nossos parques eólicos e usinas solares que estamos implantando e que entrarão em operação nos próximos anos”, complementou. Para o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, a entrada da ENGIE nesse segmento dá ainda mais relevância para a figura do varejista. “A presença de empresas desse porte proporcionará o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, o que é benéfico para o mercado”, comentou.
A criação da nova empresa, segundo Sattamini, vai viabilizar a adoção de estratégias diferenciadas de venda e compra de energia no mercado livre por parte da ENGIE. “Nossa comercializadora já nasce digital, repassando informações ao cliente por meio de aplicativos, por exemplo”, disse o diretor-presidente. Para a ENGIE, as vantagens de atuar como comercializadora varejista incluem a ampliação da carteiras de clientes em um mercado que tende a crescer nos próximos anos, a criação de novos produtos e o aperfeiçoamento do processo de comercialização de energia.
Consumidores de energia que desejam se tornar clientes da ENGIE devem ter uma demanda mínima de 500 kW por mês, desde que tenham o mesmo CNPJ. Por exemplo, uma rede de supermercados ou de lojas pode somar o consumo de suas várias unidades para ser representada pela ENGIE junto à CCEE.
O mercado livre de energia foi criado em 1995 para promover a competição no setor. Nele, os contratos de compra e venda são negociados livremente entre consumidores e geradores. “A comercialização varejista representa uma nova alternativa à disposição dos consumidores, oferecendo um modelo de contratação simplificado que será importante para a expansão do mercado livre nos próximos anos”, finalizou Sattamini.