ENGIE acelera e diversifica atividades, com reflexos no resultado do trimestre
A receita líquida no 2T2019 foi 1,9% maior e o lucro líquido, 34,6% menor em
relação ao mesmo período de 2018
No segundo trimestre de 2019, a ENGIE Brasil Energia intensificou seu crescimento e diversificou suas atividades, entrando fortemente nos negócios do gás a partir da aquisição da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG). Este investimento contribuiu para o aumento da despesa financeira que, aliado a fatores como a sazonalização da energia, o GSF, queda no PLD e a baixa geração térmica, impactou os resultados do trimestre. A companhia teve no período uma receita operacional líquida de R$ 2,18 bilhões, 1,9% a mais que o apurado no mesmo trimestre do ano passado. O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 1,05 bilhão, valor 13,7% menor em comparação ao registrado no 2T18. O lucro líquido, por sua vez, foi de R$ 385,4 milhões (R$ 0,4720/ação), 34,6% a menos que o alcançado no mesmo período do ano anterior.
A margem Ebitda apurada pela companhia no segundo trimestre de 2019 foi de 48,3%, uma redução de 8,8 pontos percentuais em relação ao 2T18. Já o preço médio dos contratos de venda de energia, líquido das exportações, dos tributos sobre a receita e das operações de trading, foi de R$ 189,9/MWh no 2T19, valor 4,8% superior ao registrado no 2T18. Em junho, a empresa finalizou o processo de compra de participação acionária na Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG), por meio da controlada em conjunto Aliança Transportadora de Gás S.A. (Aliança) e iniciou a construção do Conjunto Eólico Campo Largo 2 (BA), dois fortes investimentos que também refletem nos números do período.
“A TAG representa um importante passo na nossa estratégia de diversificação em segmentos de infraestrutura de energia no Brasil”, comenta o diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia, Eduardo Sattamini. “A despesa financeira relativa ao fechamento desta aquisição foi um dos fatores que impactaram o resultado do 2T19. Em função das despesas relativas à preparação e ao fechamento dessa transação, o resultado para o 2T19 foi negativo, mas este ativo já contribuirá com resultados positivos crescentes a partir do terceiro trimestre”, explica. “Nossa expectativa é agregar ainda mais valor à operação através da capacidade de gestão e conhecimento internacional da ENGIE sobre gasodutos”. Nos últimos quatro anos, a TAG é o maior investimento da ENGIE no mundo.
Os fatores que impactaram nos resultados do segundo trimestre foram o déficit hidrológico, o baixo PLD – Preço de Liquidação das Diferenças, que, por sua vez, levou à queda na geração térmica, além da redução do resultado das transações no mercado de curto prazo (CCEE) em virtude da estratégia de alocação hidrelétrica da Companhia. Segundo o executivo a estratégia e alocação muda a cada ano prejudicando a comparação entre trimestres. Ele reforça, ainda, que eventos não recorrentes no 2T2018 afetaram positivamente os resultados daquele trimestre fazendo a queda nos resultados acentuar-se ainda mais. Sattamini explica que a estratégia de fazer novos investimentos financiados por dívidas visa melhorar a estrutura de capital da companhia e aproveitar as baixas taxas de juros, fruto de expectativas de melhoria no cenário econômico e de abundante liquidez no mercado financeiro brasileiro.
Expansão
No 2T19, a ENGIE Brasil Energia começou a construção do Conjunto Eólico Campo Largo 2, na Bahia, e recebeu as licenças prévias do projeto Gralha Azul, uma rede de aproximadamente 1 mil km de linhas de transmissão de energia e cinco novas subestações, no Paraná. Outro destaque do período foi a entrada em operação comercial, em abril, das quatro últimas centrais eólicas do Conjunto Eólico Umburanas (BA), que, na sua capacidade instalada total, agregou 360 MW ao parque gerador da empresa. Em 28 de junho, também entrou em operação comercial, no Rio Grande do Sul, a Usina Termelétrica Pampa Sul (345 MW).
Dividendos
Como a empresa anunciou recentemente o pagamento dos dividendos complementares de
2018 em setembro próximo, e dadas as oportunidades de investimentos identificadas para o 2S2019, o Conselho de Administração decidiu aguardar até a próxima reunião ordinária para deliberar sobre os resultados do 1S2019.
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Dfato Comunicação
Duda Hamilton